segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MULHERS NA F1


Sendo esse blog feito por uma mulher, nada mais justo do que falar no 1º post sobre as mulheres pilotos.

Quem disse que mulher nunca pilotou um F1?

Mariette Heléne Delangle (nascida na França, em 1900), mais conhecida como Hellé Nice, disputou, em 1929, sua primeira corrida (que era apenas para mulheres). Em 1931, ela começava a competir com os homens, sem perder sua feminilidade, o que a destacava, naquele universo que, antes dela, era 100% masculino. Uma acusação de ter colaborado com o nazismo encerrou a carreira de Hellé Nice, embora ninguém tenha conseguido qualquer evidência que pudesse comprovar o fato. Ela disputou mais de 70 corridas .

Depois que a categoria da F1 foi criada, em 1950, cinco representantes femininas já competiram. A italiana Maria Theresa de Filippis, nascida em 11 de novembro de 1926, em Nápoles, entrou para a história da F1 como pioneira.Tudo começou em 1958, quando ainda bem jovem, aos 22 anos, ao disputar a Salerno-Cava dei Tirreni a bordo de um Fiat 500, depois de fazer uma aposta com seus irmãos, que duvidavam de sua capacidade de andar rápido. Mais até do que sua própria mãe, que apenas dizia: "Ande devagar e vença." E a jovem napolitana acabou ganhando a aposta, não só andando rápido como também vencendo a prova.
Depois de disputar alguns campeonatos nacionais, pilotando um OSCA e uma Maserati, tentou se inscrever na Fórmula-1 para disputar o GP da França, mas acabou impedida pelo diretor de prova, com o argumento de que o único capacete que uma mulher deveria usar era o secador do cabeleireiro. Para reforçar o preconceito, muitos chefes de equipe achavam que a presença de uma mulher naquele ambiente poderia contribuir de forma negativa para a imagem de qualquer escuderia. Dois comportamentos que provam que o machismo não tem época nem idade para se manifestar.
Mas a jovem De Filippis era persistente. Com a ajuda do então namorado Luigi Musso, logo conseguiu um contrato para correr oficialmente pela Maserati, a bordo do Maserati 250F com o qual Juan Manuel Fangio conquistara o título do ano anterior. A primeira tentativa foi em Mônaco, quando marcou apenas o 22º tempo e não se qualificou para a corrida. A estréia veio em seguida, na Bélgica, onde obteve seu melhor resultado, largando na 19ª posição e terminando a prova em décimo, a duas voltas do líder, Tony Brooks.
Nesse mesmo ano, disputou ainda os GPs de Portugal e Itália, mas abandonou em ambas as provas, com problemas no motor.Em 1959, trocou a Maserati pela Porsche, convidada pelo amigo Jean Behra. Sua única participação nessa temporada foi em Mônaco, onde não se qualificou. Dois meses depois, Behra morre em um trágico acidente em Avus, na Alemanha. Abalada com a perda repentina do amigo e de tantos outros, De Filippis abandonou definitivamente as pistas, casando em 1960 e, a partir daí, dedicando-se exclusivamente à vida familiar.
Só em 1979 é que voltou a ter algum envolvimento com o automobilismo, ao tornar-se sócia do Clube Internacional dos Ex-Pilotos de Grand Prix, do qual tornou-se vice-presidente em 1997, além de assumir a presidência do Maserati Club.Hoje, aos 82 anos, Maria-Teresa de Filippis vive nas proximidades de Milão, onde curte a vida junto de seus dois netos. Freqüentemente é convidada a ir às corridas, mas prefere assistí-las pela TV e assim relembrar os tempos em que, além de derrubar os tabus da época, vivia intensamente para realizar seus sonhos nas pistas.


Maria Grazia Lombardi, conhecida como Lella Lombardi, foi a segunda mulher a pilotar um F1 e a que teve o melhor desempenho. Estreou no GP da Grã-Bretanha de 1974 aos 33 anos e participou de 17 GPs em 3 temporadas. Lella cruzou a linha de chegada em 6º lugar, marcando 0,5 ponto no caótico Grande Prêmio da Espanha de 1975, onde apenas oito carros (dos 25 que largaram) terminaram a prova. (Devido à prova ter sido finalizada com menos da metade das voltas, foram atribuídos apenas metade dos pontos).
Depois de Lella, ainda tivemos mais três representantes femininas na Fórmula 1, mas nenhuma delas teve resultados expressivos.


Divina Galica estava inscrita em 3 GPs (Inglaterra em 1976, pela equipe Surtess, e Argentina e Brasil em 78, pela Hesketh),

Desireé Wilson estava inscrita apenas no GP da Inglaterra de 1980 (pilotando uma Williams particular) e também não se classificou.
Nos três primeiros GPs de 1992 (África do Sul, México e Brasil), tivemos a oportunidade de ver a última mulher que teve a chance de tentar alinhar no grid, mas como Giovana Amati não conseguira classificar o Brabham-Judd, foi, então, substituída pelo futuro campeão mundial de 1996, Damon Hill, nas etapas restantes. E adivinhem? O carro era tão bom que ele também não conseguiu classificá-lo em seis das etapas seguintes.

De lá para cá não tivemos mais nenhuma mulher nos volantes da F1.

Em 2002, perguntado sobre o que achava sobre a possibilidade de as mulheres disputarem corridas de Fórmula 1, o pentacampeão Michael Schumacher respondeu: “Não vejo razão para uma mulher não ter capacidade de fazer o q fazemos, honestamente. Você vê algumas atletas por aí e eu penso que elas são mais bem preparadas do que nós”. É por isso que eu VENERO esse homem!

Outras já foram até especuladas, como Danica Patrick, mas ela declarou que ainda não era a hora.

Torço para que ela venha sim com a nova USF1.Pq tenho certeza, não só eu como a revista Sport illustrated, que ela PODE SIM!

3 comentários:

Francisco disse...

Tata!
Parabéns pelo "on track"! Tá ótimo, mesmo!
As mulheres que passaram pela F-1, nunca foram homenageadas como vc faz agora.
Sou louco por F-1, portanto...! rsrsrs
Beijãozão acelerado! rsrsrs

Vinicius disse...

Oi. Tatá parabéns pelo novo blog. Eu já conhecia algo da história da mulher dentro da F1. E você vem adicionar com a cultura que poucos conhecem. Parabéns! Abraço.

Christi... disse...

Oi anjo, eu sou ao contrário dos comentários acima, eu não conhecia nada de mulher na fórmula 1, tive foi uma aula aqui, ficou tudo lindo, de bom gosto, como faz né.
Parabéns pelo blog, vou seguir aqui tua paixão pelas corridas..

beijos